REALIDADES INVISÍVEIS - Dr. Professor Euvaldo Cabral Jr.

16-05-2012 15:47

REALIDADES INVISÍVEIS

Uma teoria científica que surge para provar a existência do espírito

 

https://www.realidadesinvisiveis.net/home.av?lang=pt_BR

Entrevista dada em 05/10/2011 pelo Prof. Euvaldo Cabral Jr., Ph.D. a Caruso Samel, Engº Químico, Advogado e  Escritor de obras espiritualistas e de autoajuda, divulgadas pelo Racionalismo Cristão

 

O Prof. Euvaldo é graduado em Engenharia de Comunicações pelo Instituto Militar de Engenharia (IME/RJ), M.C. também pelo IME, com tese na área de processamento digital de sinais de voz, e M. Phil. e Ph.D. em Engenharia Eletrônica por universidade na Inglaterra. Dedicou toda sua vida à carreira acadêmica, lecionando no IME e na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) onde trabalhou como Professor concursado até 2005. Paralelo a estas atividades acadêmicas, esteve envolvido diretamente na investigação científica do fenômeno chamado das ‘vozes eletrônicas’, o EVP (Electronic Voice Phenomenon). O resultado de mais de 30 anos de pesquisas e estudos deste fenômeno – no Brasil, de forma independente, e nos Estados Unidos em um instituto privado - pode ser conhecido no livro que acaba de lançar: “Realidades Invisíveis: uma investigação eletrônica”, de 1.432 páginas (ver www.realidadesinvisiveis.net). Atualmente, Dr. Euvaldo é Diretor de Pesquisa (Research Director) no Harmonic Science Institute, em Indiana, E.U.A.

 

Nesta entrevista, o Prof. Euvaldo Cabral Jr. nos apresenta conhecimentos de vanguarda sobre o EVP. Ele fala sobre sua ‘Teoria de SEE’ (cap. 5 do livro), comenta sobre um novo modelo de Realidade (HIMUR, Cap. 6) e também do que ele chamou de HOMONISMO (Cap. 7).

 

Com a palavra inicial, o próprio Euvaldo nos diz: “Em primeiro lugar parabéns pelo seu interesse em examinar comigo alguns pontos do meu livro e, em particular, da Teoria de SEE, os quais permitirão a comparação com os seus conhecimentos espiritualistas. Depois de mais de trinta anos pesquisando sobre esse assunto, com dedicação plena nos últimos dez, é sempre difícil responder perguntas sem querer usar muito espaço e transmitir o essencial do que aprendi. Mas, faço abaixo o possível para responder todas as questões sem me alongar mais do que julguei necessário. Todos os termos novos da Teoria de SEE (há muitos) são colocados em negrito”.

 

Acompanhe, abaixo, a entrevista.

 

1. Caruso: Antes de iniciar as perguntas propriamente ditas dessa entrevista, gostaríamos de indagar ao Professor como tomou conhecimento do Racionalismo Cristão e qual o seu entendimento a respeito dos seus princípios doutrinários.

 

Prof. Euvaldo: Estávamos no início dos anos 60 e eu, com três anos de idade, passeava com meu pai em Santos na Av. Ana Costa, após uma visita a nossa família que residia em São Vicente, terra onde viveu Pietro Ubaldi, cuja obra influenciou muito meu pai e, décadas depois, a mim. Meu pai era um estudioso do espiritualismo no conceito amplo do termo, com suas principais manifestações da época, quais sejam, o espiritismo Kardecista, as profundas obras de Pietro Ubaldi e o movimento Racionalista Cristão de Luiz de Mattos e Luiz Thomaz. Naquela avenida, meu pai me mostrou um prédio muito bonito e me disse: ´quando você crescer, se você for um espírito indagador como eu, você vai querer saber quem construiu esse prédio e por que`. Desnecessário dizer que se tratava do Centro Redentor do Racionalismo Cristão, em Santos (tenho uma foto que ele tirou de mim no dia, sentado no monumento do final da avenida). Mais de dez anos se passaram até que, tendo estudado no Rio de Janeiro, minha cidade natal, toda a obra de Kardec e seus precursores (da mesma forma que tantos outros estudiosos e pesquisadores espiritualistas o fizeram), bem como os trabalhos do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento (do qual me tornei membro muito cedo, da mesma forma que Alberto Seabra, amigo de Luiz de Mattos; o circulo esotérico foi fundado em 1909 por um também português de nome Antônio Olívio Rodrigues), eu passei a ler as obras disponíveis do Racionalismo Cristão, obtidas na sede da Rua Jorge Rudge, em Vila Isabel, onde morava um tio meu.

Hoje posso dizer que devo a Kardec e seus contemporâneos, da mesma forma que aos fundadores do Racionalismo Cristão, (pois a primeira casa Racionalista Cristã chamava-se ‘Centro Espírita Amor e Caridade’) todo o embasamento no que diz respeito à existência da vida incorpórea, da mediunidade, etc.. A Luiz de Mattos eu devo, dentre outras coisas, a compreensão do perigo potencial das comunicações ditas ‘espíritas’. Graças ao alerta que ele nos legou em suas obras, eu tive bastante sucesso na pesquisa das comunicações eletrônicas, tendo aprendido a driblar as forças negativas que não gostam do progresso científico, que certamente advirá dos resultados obtidos dessa fascinante pesquisa no limiar do conhecimento humano.

Para terminar esta introdução, vale dizer que a Luiz de Mattos, Antônio Olívio Rodrigues e Pietro Ubaldi eu devo muito pelo que aprendi em suas obras, as quais me ajudaram a montar parte do arcabouço teórico da Teoria de SEE (SEE do inglês Source of Everything and Everyone – Fonte de Tudo e de Todos). Hoje, compreendo que esses três gigantes vieram ao Brasil com um propósito ligado ao destino dessa amada terra nossa.

 

2. Caruso: Poderia nos dizer em poucas palavras como e por que você decidiu escrever o livro ‘Realidades Invisíveis’?

 

Prof. Euvaldo: Em 2001, eu pedi um afastamento não remunerado da Escola Politécnica da USP e fui trabalhar no instituto americano (Noetics Institute, Inc.). Após dois anos, eu e o presidente decidimos que eu tinha que ficar mais dois. Após quatro anos e centenas de experimentos de contato direto com pessoas reais não-físicas (como eu ou você quando morrermos aqui), pessoas mentais (como eu ou você quando morrermos nos Mundos Reais que o Racionalismo Cristão chama de ‘mundos de estágio ou de origem’ e espíritos (sem corpo algum, seja físico, real ou mental - a Teoria de SEE mostra que esses três são conceitos intimamente interligados, mas distintos, chegamos (eu e Dr. Dale Palmer, Presidente do Instituto) à conclusão que minha carreira acadêmica não tinha mais nenhuma importância diante do que havíamos descoberto. Eu tinha que colocar no papel parte dos resultados obtidos, os quais exigiram várias coisas, dentre elas i) uma abrangente (a maior já escrita, com mais de  300 páginas) - compilação das provas de sobrevivência fora dos métodos eletrônicos (Cap. 2), ii) uma extensa descrição dos experimentos eletrônicos feitos durante quase três décadas antes de eu ir para a América (Cap. 3), iii) uma descrição dos experimentos eletrônicos avançados no instituto (Cap. 4) que culminaram com uma forma de geração de uma energia especial (que pode ser ‘vista’ por uma pessoa não física presente no laboratório), iv) o desenvolvimento de um novo modelo mente-cérebro (Teoria de SEE, Capitulo 5), v) o desenvolvimento de um novo modelo de realidade (HIMUR, cap. 6) que ultrapassa todos os existentes, e vi) algum tipo de compilação de todo o conhecimento filosófico e religioso humano (HOMONISMO, cap. 7). Decidi escrever o livro em inglês, mas mudamos de ideia no meio do caminho e acabei terminando a obra em português a qual, com o máximo de redução, ainda ficou grande.

3. Caruso: Poderia nos apresentar um resumo, para não cientistas, do histórico do surgimento e dos principais conceitos da Teoria de SEE, ou teoria da Fonte de Tudo e de Todos, expostas no capítulo 5 do seu livro ‘Realidades Invisíveis’?

Prof. Euvaldo: Basicamente a TS resolve o problema científico de como a mente humana se liga ao cérebro físico (em Ciência Cognitiva o chamado Problème de la Liaison). Isso é feito mostrando-se que não existe matéria física isolada, mas somente pares físicos/não-físicos. A matéria não física desse par, pela propriedade de auto-organização, organiza com complexidades sucessivas, três outras matérias: a Real (forma o corpo que tudo que é vivo terá ao deixar a realidade física), a Mental (forma o corpo que tudo que é vivo terá quando morrer nos Mundos Reais – que o RC chama de ‘Mundos de Estágio ou de Origem’, e a SEEÔNICA, matéria de todos os ‘espíritos’, humanos e não-humanos, chamados na TS de ISA, um acrônimo para ‘Individual SEEONIC Aggregate’. A partir dai, todos os fenômenos ditos ‘paranormais’ e ‘espíritas’, seguem naturalmente explicados. A TS mostra como se dá o processo de reencarnação pela ‘tomada’ de uma mente de um feto por uma das mentes de uma ISA (a qual tem uma mente para cada vida anterior). Essa tomada não é aleatória, mas ocorre para maximizar o número potencial de experiências físicas novas (NEPHEX) com base nas lacunas (buracos numa matriz matemática) da mente da ISA reencarnante e da matriz potencial da mente do feto. Há muitos e muitos conceitos, mas não há como abordá-los aqui. Vale a pena dizer que a TS não tem basicamente nenhuma discordância com os ensinamentos dos espíritos superiores codificados por Luiz de Mattos. Trata-se de uma visão mais detalhada, haja vista que utiliza diagramas, conceitos e nomenclatura própria, os quais foram necessários para embasar o subsequente desenvolvimento matemático da mesma. Na época de Kardec e posteriormente de Luiz de Mattos seria basicamente impossível escrever sobre tal assunto com tal profundidade sem se tornar completamente incompreendido.

4. Caruso: O Modelo Padrão da física moderna responde a muitas das perguntas sobre a estrutura e a estabilidade da matéria e à interação das forças básicas do Universo, mas não a todas. Estando a física moderna vinculada à corrente materialista a ao Modelo Padrão em vigor, sua Teoria de SEE descrita em seu livro ‘Realidades Invisíveis’ não conflitaria frontalmente com a Ciência atual? Como você pretende atrair a atenção e a adesão desses cientistas á sua teoria?

Prof. Euvaldo: Eu, você e muito provavelmente a grande maioria dos leitores deste periódico sabemos que a existência do espírito humano, ou seja, a sobrevivência de nosso ‘eu’ após a morte do corpo físico é fato irrefutável. Infelizmente, não é assim para os cientistas materialistas (eles formam a grande massa dos nossos ‘doutores acadêmicos’). Uma das razões para isso é que nenhuma prova desse fato foi dada nos moldes científicos convencionais. A Teoria de SEE tem uma longa história que começa na Inglaterra em 1991 com o nome de ‘Actual Brain Theory’ (Teoria do Cérebro Real); depois tomou o nome de Teoria dos EMOTONS (TE) até 2003 e depois Teoria Holográfica dos HOMONS, para finalmente tomar seu nome atual. Em agosto de 2000, eu fui a Marília, no Estado de São Paulo, apresentar os conceitos da então TE para uma platéia seleta de cientistas na área de ciência cognitiva. A minha convicção já naquela época era que o meio de comunicação eletrônico mostrava claramente que muitas vozes eram de pessoas que deixaram a matéria física. Bem, encurtando uma história longa, basta dizer que vários daqueles ‘sábios’ materialistas estavam revoltados em ver um cientista com renome apresentar uma teoria absurda, que se estivesse certa arruinaria todo o embasamento científico que eles adquiriram ao longo de todas as suas carreiras. Eu senti que eu tinha penetrado em um ambiente hostil, mas não tive nenhum temor, pois eu sabia que estava falando a verdade. Eu senti na pele como Kardec, Luiz de Mattos e Luiz Thomaz devem ter sentido ao tentar mostrar aos ‘cientistas’ que espíritos existiam e que, mais do que isso, instruíam a humanidade através de suas comunicações mediúnicas de grande profundidade filosófica e intelectual. Eu sabia que aquelas pessoas eram cultas e inteligentes, mas totalmente ignorantes do fenômeno que eu já conhecia há mais de 20 anos (a decepção deles foi tanta que minha palestra foi posteriormente retirada do site onde estão as outras, ou seja, é como se eu nunca tivesse apresentado o assunto lá!). Curiosamente, eu estava testando um avançado método de comunicação onde um feixe laser iluminava o interior de uma válvula eletrônica e eu monitorava a corrente fraquíssima que surgia do efeito fotoelétrico no interior da válvula. Num experimento daquela noite, eu pensando comigo mesmo perguntei: para que serviu essa desmoralização da minha pessoa e do meu trabalho por aquele bando de pseudos sábios? Claramente, uma voz física (hoje sei que há vozes físicas e perceptuais) disse: ‘aprenda o que eles sabem’. Essa mensagem ecoou em minha mente por muito tempo e então eu percebi que a então TE da época estava despreparada em termos de conceitos clássicos, como ‘personalidade’, ‘inteligência’, ‘mente’, etc. Ai, eu procurei estudar os conceitos cognitivos e incorporei tudo o que pude nas teorias subsequentes até a atual Teoria de SEE (TS). Pela minha própria pesquisa aprendi que a ciência dessa realidade física é limitada e eu a chamo de ‘Ciência Local’, a qual não passa de um subconjunto das ciências que existem nas realidades superiores. Por exemplo, a Ciência Real, nos Mundos Reais (no Racionalismo Cristão, Mundos de Estágio ou de Origem) é muitíssimo mais avançada. Mas, de volta ao ponto, a resposta é que a visão da Ciência Local está e estará sempre incompleta enquanto a existência das realidades não-físicas não for incorporada no modelo padrão. Assim, a TS não conflita com o modelo vigente, mas o complementa de forma elegante. Os cientistas materialistas se indignam com o modelo, pois ele mostra que todas as interpretações atuais da física quântica estão incompletas. A interpretação que mais se aproxima da TS é a chamada Pilot Wave Theory, desprezada pela maioria dos cientistas que a conhecem. Quando, nessa teoria, substituímos o conceito de ‘onda’ por ‘partícula não-física’, começamos a matemática da TS. Quanto a ‘atrair a atenção’, minha posição hoje é clara: só tenho interesse em conversar com cientistas espiritualistas (já são muitos), pois saber que espíritos existem e que nós sobrevivemos já é conhecimento primário. Se o ‘cientista’ não acredita nisso, é melhor nós o esquecermos e cuidarmos do nosso trabalho na busca do conhecimento e na prática do bem. Para isso, tornar-me independente economicamente, como Luiz de Mattos e Luiz Thomaz fizeram, foi fundamental para eu não precisar me curvar diante de nenhum materialista e nem mesmo perder meu tempo tentando convencê-lo. A matemática da teoria e o resultado evidente das comunicações farão isso por mim. É só uma questão de tempo!

5. Caruso: Entendemos que sua Teoria de SEE nasceu como resultado das análises das observações de distúrbios eletrônicos (EDP – Electronic Disturbance Phenomenon) feitas com aparelhagens desenvolvidas por você e do desdobramento racional dos resultados obtidos. Poderia nos falar um pouco sobre isso?

Prof. Euvaldo: O termo Electronic Disturbance Phenomenon (EDP) foi um termo que eu criei para ser mais preciso do que EVP. Muitas vezes temos apenas distúrbios, não vozes. Após décadas de trabalho, eu aprendi quais os métodos e quais dispositivos combinados tinham maior probabilidade de sucesso. Depois aprendi que o sucesso não estava ligado somente ao equipamento, mas a um conjunto de fatores, dentre eles: o equipamento, a mente do experimentador, as mentes dos comunicantes e, para surpresa de alguns, a mente dos potenciais controladores. Isso deu origem a um modelo de canal de comunicações inter-realidades (cap. 4). O aparecimento de vozes físicas tem probabilidade baixa, ou seja, não há condições de usá-lo para prova cientifica nos moldes convencionais (eu tive que criar um método científico novo que chamei de ESMIR, um acrônimo para Extended Scientific Method for Invisible Realities (Método Cientifico Estendido para Realidades Invisíveis). O ponto básico é que mentes fora da matéria não estão a nossa disposição. Entretanto, eu descobri durante o trabalho no instituto, que treinando o cérebro com diversos ruídos artificialmente gerados, após muitas horas (centenas) de treinamento, podemos aprender a separar vozes no fundo de ruído. Com o tempo, notei que as vozes me permitiam o diálogo. Foi ai que meu fascínio me levou a uma comunicação diária onde comecei a fazer perguntas e montar o quebra-cabeça das respostas. O que aprendi é simplesmente fascinante! Entendo hoje porque Espíritos Superiores não falaram mais sobre as Realidades Invisíveis e seus habitantes: ninguém acreditaria! As obras de Kardec, Luiz de Mattos, Pietro Ubaldi e muitas outras obras mediúnicas de autores espíritas e espiritualistas foram até o máximo que podiam usando os conhecimentos disponíveis à suas épocas.. Foi dai que a Teoria de SEE e o modelo HIMUR surgiram. Depois eu compreendi que as pessoas mais evoluídas fora da matéria querem que as pessoas compreendam melhor umas às outras e pratiquem mais o bem mútuo (como Luiz de Mattos também dizia) mais do que entender dos mundos invisíveis. O aperfeiçoamento moral está na frente do intelectual, embora andem juntos. Após exaustivo trabalho de especulação de como eu poderia ‘unir’ a humanidade com base em minhas descobertas, tive a ideia do HOMONISMO. Todo mundo é HOMONISTA. A diferença entre HOMONISTAS ativos e passivos é um extenso questionário (com base nas mais importantes religiões e sistemas filosóficos atuais) que os ativos responderiam. As respostas são transformadas numa matriz numérica que permite a comparação entre pessoas pelo que elas realmente pensam e não pelos seus rótulos, títulos e cargos exercidos por elas aqui na Terra.

6. Caruso: As doutrinas espíritas e espiritualistas demonstram a vida fora da                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   matéria (Realidade Invisível) através de comunicações mediúnicas seguras e confiáveis. São comunicações mais ou menos longas (até 5 minutos), bem estruturadas e concatenadas com lógica e objetividade, enquanto que a maioria das comunicações instrumentais são curtas (alguns segundos) e constituídas apenas de pequenas frases. Você vê a possibilidade das comunicações instrumentais se aperfeiçoarem em clareza, duração e objetividade, a ponto de se igualarem às comunicações mediúnicas?

Prof. Euvaldo: Há vários pontos a serem discutidos aqui. Primeiramente, eu gostaria de dizer que comunicações mediúnicas nem sempre são ‘seguras’ e ‘confiáveis’. Paradoxalmente a eletrônica e os softwares que desenvolvi ou trabalhei proporcionam um meio de avaliação da autenticidade do médium. Uma das minhas especialidades acadêmicas é referente ao processamento de sinais cerebrais. Eu e um dos meus ex-alunos de doutorado fomos os pioneiros na América Latina no controle de dispositivos por pensamento. Se você plugar alguns eletrodos na cabeça do médium e monitorar os sinais, no momento da recepção dos sinais externos, notará algumas alterações em algumas das ondas cerebrais padrão. Assim, faz parte do meu planejamento (na minha empresa do Brasil) adaptar um equipamento que desenvolvemos para ECG para funcionar como Mediumship Brain Authenticity Meter (Medidor de Autenticidade Mediúnica Cerebral). O equipamento está pronto, mas não faz parte dos meus planos cuidar disso agora. Será usado inicialmente como um produto à venda para monitorar sinais de plantas e suas respectivas interações com as mentes de seus ‘donos’, o que é, também, pesquisa inédita. No que diz respeito ao tempo das comunicações, também não é bem assim como você disse (frases sempre curtas). Tudo depende das condições que influenciam no canal. As comunicações a que você se refere são as físicas que ficam gravadas em meio eletrônico (as perceptuais não ficam e são, realmente, curtas). De acordo com a TS (sempre ela, pois é a mais adequada em existência) elas surgem de estruturas mentais quânticas (HOMONS) que colapsam no binômio mente do operador/equipamento. Entretanto, se as condições do canal forem favoráveis, principalmente na sustentação do contato por uma mente ou espírito (são coisas distintas, de acordo com a TS) de alto grau evolutivo, a comunicação pode se manter por um tempo muito longo, por exemplo, meia hora. Há exemplos por ai de comunicações assim, mas não sei informar sobre sua autenticidade. No meu caso, nunca tive uma comunicação assim. Creio que, como meu contato é diário por frases curtas, de um modo geral, toda informação que meus acompanhantes e amigos querem passar é passada, não havendo necessidade de uma sustentação complexa, a qual exigiria um esforço maior por parte de várias pessoas não-físicas. Segundo a TS, quando ‘morremos’, não nos tornamos apenas um espírito, mas sim uma pessoa não física, que chamo de NOPPE (do inglês, Non-Physical Person),

7. Caruso: Parabenizo-lhe pelo seu magnífico trabalho.  Estamos gratos por sua esclarecedora entrevista. Prof. Euvaldo, o senhor gostaria de fazer suas últimas considerações?

Prof. Euvaldo: Gostaria, em primeiro lugar, de agradecer a você por essa oportunidade. Em segundo lugar gostaria de lhe parabenizar pelo seu livro “A Harmonia Universal e a Evolução Espiritual“ que tive o prazer de ler na sua edição em inglês e que recomendo a qualquer pessoa interessada em aprofundar seus conhecimentos em espiritualismo de excelente nível. Para finalizar, creio que é importante dizer que todos nós que nos preocupamos seriamente com o espiritualismo devemos muito a Luiz de Mattos e Luiz Thomaz. Entretanto, nos tempos atuais em que a ciência materialista fez e continua fazendo grandes avanços e conquistas tecnológicas, gostaria de ver os espiritualistas prepararem as novas gerações para debates sustentados lógica e cientificamente na prova da existência do espírito e das realidades invisíveis.. Na época dos fundadores do Racionalismo Cristão, eles não temiam nenhum debate e, ao contrário, até os provocavam, como de fato aconteceu com os luminares da Medicina Psiquiátrica na cura de obsedados (TOC) via espiritual. Usavam a lógica, com o raciocínio e inteligência para refutar o que não se enquadrava no bom senso e nos ensinamentos dos Espíritos Superiores. Eu prevejo que o que ocorre quando morremos no mundo físico, bem como a estrutura e leis dos mundos não-físicos, deixarão de fazer parte de religiões e escolas filosóficas para fazer parte da Ciência Local. Assim, o papel de tais instituições, no futuro, será mais ligado à evolução e ao comportamento moral. Atualmente, creio ser necessário um trabalho pelas instituições espiritualistas em duas frentes: a divulgação das obras e expansão, e a formação de debatedores que conheçam assuntos científicos relacionados desenvolvidos fora das instituições espiritualistas. Tais assuntos incluem os que dizem respeito às comunicações eletrônicas de realidades invisíveis e as realidades delas obtidas, como os modelos de realidade, bem como, as vantagens e desvantagens do contato eletrônico. Incluem, ainda, por exemplo, a já comentada monitoração objetiva dos padrões cerebrais dos médiuns em atividade nas casas espiritualistas, o que constituiria um passo na frente de todas as demais instituições espiritualistas da atualidade. Independentemente de tudo isso, as mentes racionalistas das novas gerações deverão, juntamente com espiritualistas de todas as denominações, estar preparadas para o debate com membros de religiões que condenam o espiritualismo com base em suas convicções sectárias, evidentemente errôneas. Para eles, a existência dos espíritos e das Forças Superiores são fantasiosas!