O VALOR DOS MEUS DIREITOS

01-12-2010 10:29


cumprirei sempre com a regra de ouro do direito (moral) individual que diz: “o meu direito termina onde começa o direito do meu semelhante”, indicando que não posso e não devo invadir a esfera de ação de outrem.

considerarei as minhas falhas como erros ou faltas e farei tudo que estiver ao meu alcance para corrigi-los.

enfrentarei os meus maus procedimentos, desculpando-me por qualquer ofensa que tenha causado e ao mesmo tempo submetendo-me ao mais severo exame da minha consciência.

jamais alimentarei um sentimento de culpa e autocomiseração, criando dificuldades para mim mesmo, sem possibilidade de reparação.

jamais considerarei a minha vida arruinada devido a algum passo errado, mas, ao invés disso, esforçar-me-ei para reconhecer e reparar o erro no mais curto prazo possível.

se enganado, não mentirei ao mentiroso, mas procurarei corrigir o erro a que fui induzido (erro involuntário), não me entregando à frustração por isso, nem culpando o meu detrator.

repararei normalmente, na medida do possível, as pessoas que tenha prejudicado por haver causado mágoas, preocupações e danos físicos, mesmo quando devido a má compreensão ou interpretação de alguma situação contratual ou não.

manterei, quando injustamente ofendido, a cabeça erguida ao empreender a minha contra-ofensiva, acreditando que a verdade sempre triunfará e os meus amigos, que porventura se tenham afastado, voltarão ao meu convívio e me apoiarão.

agirei da melhor maneira possível, dia a dia, como um meio garantido de conseguir a minha completa reabilitação, quando injustamente acusado por terceiros.

ficarei atento e vigilante com relação às promessas que fizer, não deixando de as cumprir, quaisquer que sejam as circunstâncias, não inventando álibis ou desculpas.

jamais deixarei de cumprir qualquer cláusula de um contrato que tiver assinado, dando seqüência normal a tudo a que me obriguei conscientemente, dando razão à máxima latina pacta sunt servanda, isto é, os pactos têm que ser cumpridos.

jamais farei conjecturas sobre situações das quais venha a ter conhecimento parcial ou indevido, não me intrometendo em assuntos alheios, os quais não me compete interpretar ou julgar.

farei uma batalha contínua contra a mentira, a dúvida e a desilusão, não me deixando envolver por tais sentimentos negativos.

jamais me valerei da vingança para revidar ofensas que venha a receber dos meus semelhantes; antes, procurarei esquecer ou me afastar de tais criaturas.

sei muito bem que é impossível raciocinar com as emoções de alguém, pois cada um age como sente; porém, utilizarei a razão para tentar conciliar conflitos emocionais de terceiros que me afetam diretamente.

sei, evidentemente, que o que aconteceu no passado não pode ser modificado, mas muita coisa pode ser feita no presente ou no futuro para remendar situações aflitivas do passado, aplicando-se aqui o ditado “águas passadas não movem moinho”.

manterei segredo sobre vivências íntimas que tenha tido com alguém ou, ainda, sobre revelações que me tenham sido feitas em virtude de amizade e confiança, guardando como se fossem minhas tais confidências.

não alimentarei desilusões nem deixarei que se transformem em complexo de culpa, por mais sérios que tenham sido ou venham a ser os abalos morais que me tenham envolvido, procurando solucionar a contento qualquer pendência a respeito.

sei que é uma terrível desgraça ser injustamente acusado por situação ou ato que não pratiquei; porém, se isto me acontecer, procurarei me defender de cabeça erguida com honra e dignidade e procurarei não perder essa batalha, pois sei que a verdade sempre vence.

terei sempre cuidado com as acusações falsas, pois estas poderão destruir toda a minha vida de trabalho e dignidade, abalando a minha coragem e confiança nos meus semelhantes, se eu não as souber rebater com firmeza.

sei que é muito difícil perdoar as ofensas que eu tenha recebido, mas não há vantagem alguma em alimentar ressentimentos contra aqueles que foram desonestos comigo; portanto, procurarei forças para retribuir o mal com o bem.

sei, também, que não é fácil recuperar uma reputação abalada ou perdida e não devo esperar conseguir isso logo de início, mesmo quando não tenha tido culpa e tenha sido injustamente acusado ou condenado pelas leis e pelas opiniões de terceiros, visto que a sociedade é muito cruel, estando sempre a criticar e condenar qualquer deslize ou tropeção.

sei que para adquirir a estima e a amizade perdidas de antigos amigos não adianta forçar; se fui inocente, se a minha consciência está tranqüila, isso é mais importante e cedo ou tarde será por eles reconhecido o meu verdadeiro valor, se forem verdadeiros amigos.

terei que reagir íntima e energicamente, se eu acreditar que fui tratado injustamente; porém, com a minha força interior sempre voltada para o Bem, procurarei entender aqueles que me acusam.

sei que, tendo cometido deslize, terei que reconhecer o meu erro; ainda que outros não aceitem desculpas e considerem tal ato um sentimento de fraqueza, procurarei equilibrar-me novamente, mudando completamente a minha atitude mental e reconquistando a minha autoconfiança, reabilitando-me completamente e levando uma vida mais exemplar.

sei muito bem que a única maneira de estar preparado para enfrentar a vida é através da experiência direta; se alguém serve como um pára-choques para mim, isso me enfraquecerá e desamparará quando o mesmo for retirado.

Por isso, manter-me-ei sempre sobre os meus próprios pés e, portanto, estarei sempre disposto a enfrentar as conseqüências dos meus próprios pensamentos e atos, bem como terei força de vontade para dominar toda desgraça e erro que sobrevierem, isto é, não renunciarei aos embates da vida.

finalmente, afastarei de mim tudo e qualquer pensamento de natureza sombria ou suspeita que venha a ter e alimentarei sempre pensamentos elevados voltados para o Bem. Este é o meu sustento espiritual.