AUTORES EMOÇÕES BÁSICAS BASE PARA INCLUSÃO

01-12-2010 00:13

Arnold Ira, aversão, coragem, rejeição, desejo, Tendências à ação.

desespero, medo, ódio, esperança, amor

e tristeza

Ekman, Friesen e Ira, desgosto, medo, alegria, tristeza e Expressões faciais

Ellsworth surpresa universais.

Frijda Desejo, felicidade, interesse, surpresa, Formas de ação:

admiração e compaixão. imediatas

Gray Raiva, terror, ansiedade, alegria Conteúdo embutido.

Izard Ira, alegria, desgosto, tristeza, medo Conteúdo embutido.

culpa, interesse, vergonha e surpresa.

James Medo, pesar, amor e raiva Envolvimento cor-

poral.

Mc Dougall Ira, desgosto, altivez, medo, submissão, Relacionados aos

doçura e admiração instintos

Mowrer Dor e prazer Emoções não apre-

endidas

Oatley and Johnson- Ira, desgosto, ansiedade, felicidade e Não precisa ter con-

tristeza teúdo proposital

Panksepp Expectativa, medo, raiva e pânico Conteúdo embutido.

Plutchik Aceitação, ira, antecipação, desgosto, Relativos aos pro-

alegria, medo, surpresa e tristeza cessos adaptativos

biológicos

Tomkins Ira, interesse, conteúdo, desgosto, tris- Densidade de inten-

teza, medo, alegria, vergonha,e surpresa sidade.

Watson Medo, amor, raiva Conteúdo embutido

Weiner and Graham Felicidade, tristeza Atrib. Independente

Poderíamos, a partir destas divergências, sintetizar o que está acima, abrangendo o máximo delas, inclusive as repetidas, na seguinte lista: aceitação (1), admiração (2), alegria (4), altivez (1), amor (2), ansiedade (1), antecipação (1), aversão (1), compaixão (1), conteúdo (1), coragem (1), culpa (1), desejo (2), desespero (1), desgosto (6), doçura (1), dor (1), esperança (2), felicidade (3), interesse (3), ira (6), medo (8), ódio (1), pânico (1), pesar (1), prazer (1), raiva (3), rejeição (1), submissão (1), surpresa (5), terror (1), tristeza (6), e vergonha (2). Os números entre parênteses indicam a freqüência com que aparecem no quadro acima, isto é, quantas vezes as emoções foram incluídas pelos autores mencionados na primeira coluna do quadro.

Colocando-se na ordem das mais citadas, podemos qualificar nove emoções: medo (8), desgosto (6), ira (6), tristeza (6), surpresa (5), alegria (4), felicidade (3), interesse (3) e raiva (3). Destas, foram incluídas no meu livroReflexões sobre os sentimentos os sentimentos/emoções de medo (p 218), tristeza (p. 258), alegria (p. 19), felicidade (p.78), e raiva (p. 238), todos sob o ponto de vista estritamente filosófico-espiritualista. No presente livro, estão incluídas as movas interpretações, agora sob o ponto de vista de emoções básicas, que demos aos sentimentos de ira e raiva, anteriormente apresentados sob o ponto de vista filosófico no nosso livro Reflexões sobre os sentimentos.

Uma outra classificação para as emoções é apresentada no capítulo IX do livro Elementos de Psicologia, de David Krish e Richard Krutchfield, a saber:

1. Emoção

Tudo o que causa um estado de excitação no organismo, através das amigdalas cerebrais que são as nossas sentinelas localizadas no sistema límbico, o “porão do cérebro”.

2. Componentes da Emoção

Toda emoção apresenta seus próprios componentes ou características. Tomemos por exemplo o sentimento de cólera. Nele temos a experiência emocional (o próprio sentimento de cólera), o comportamento emocional ou a reação à provocação (no nosso exemplo, a pessoa pragueja e ataca) e as alterações fisiológicas correspondentes (neste exemplo, o sangue sobe à cabeça). Aqui o comportamento reflete as conseqüências e abrange os estados motivadores e emocionais.

3. A Experiência Emocional

Conforme vimos, segundo o autor citado, a experiência emocional usa o conceito de “dimensões gerais” e tende a se organizar como um procedimento, exibindo os seguintes efeitos, que podem ser cumulativos:

· Intensidade do Sentimento

Quanto mais intensa for a experiência emocional mais a emoção controla o “eu”. No exemplo da cólera, sentimos inicialmente uma leve irritação e, da irritação podemos chegar ao estado de fúria. Já com a alegria, sentimos uma suave satisfação e desta podemos chegar a uma exaltação empolgante.

· Nível de Tensão

Aqui estamos falando dos impulsos para a ação envolvendo o “eu”, bem como, emoções ativas e emoções passivas. São emoções ativas, por exemplo, fugir de um objeto, dançar de prazer. São emoções passivas, por exemplo, a pessoa ficar parada, como na tristeza ou na depressão, que são passivas, mas podem ser muito intensas. A intensidade e o nível de tensão podem relacionar-se. A diferença entre uma emoção ativa e passiva está no grau de excitação e na força dos impulsos, que pode ser, por exemplo, grande e profunda.

· Caráter Hedonista

Refere-se ao prazer ou desprazer que a emoção provoca. Neste sentido, as emoções podem ser: agradáveis, como por exemplo, a admiração, a surpresa, a piedade ou desagradáveis, como a tristeza, a vergonha e o medo.

É óbvio que a intensidade influi no caráter hedonista, como por exemplo, a cólera pode ser branda ou intensa.

De outro lado, o autor alerta que existem paradoxos, como por exemplo, a fome, que começa agradável e se torna desagradável quando se intensifica. O medo é outro exemplo, agora inverso, podendo ser excitante e acabar em muita alegria, como no caso da experiência na montanha-russa.

· Grau de Complexidade

As emoções podem ser simples e diretas e complexas. São simples e diretas, por exemplo, o medo diante de um susto, a pura tristeza diante do cãozinho morto ou a pura alegria diante da sorte na loteria. São complexas, por exemplo, uma emoção qualificada como “indescritível”, que não nos permite dizer se é “agradável” ou “desagradável”

4. Conclusão

A riqueza e a subtileza da experiência emocional desafiam a linguagem humana existente.