Astral Superior, astral inferior e fluido astral

18-10-2012 19:45

https://www.arazao.net/astral-superior.html

Caruso Samel

Aqui e ali ainda encontramos muita celeuma sobre o uso das expressões Astral Superior e astral inferior entre muitos militantes e até entre presidentes do Racionalismo Cristão. Este artigo pretende lançar alguma luz sobre esta questão. 

Ao mesmo tempo, é uma tentativa de explicar por que o autor não é a favor de se misturar os conceitos referentes às classes dos mundos espirituais com terminologias assemelhadas, aplicadas à classe dos mundos-escola. Ao mesmo tempo, também, o autor pretende explicar por que prefere adotar, especificamente, a expressão Astral Superior como coletivo de espíritos do Astral Superior, e a expressão astral inferior (que o autor prefere grafar com letras minúsculas), como coletivo de espíritos do astral inferior. Estes, segundo o nosso mestre Luiz de Mattos, são, com raríssimas exceções, espíritos dos Mundos Densos, Opacos e Intermediários que, no seu conjunto, se acham quedados temporariamente na atmosfera da Terra.

Para isso, vamos examinar cientificamente duas questões, a saber: 
1. O que é a atmosfera da Terra e 
2. O que é e como se comporta o fluido astral.

A ATMOSFERA DA TERRA. Uma consulta a diversos sites da Internet vai nos revelar o que se segue. A atmosfera terrestre, em função de vários fatores (densidade dos gases componentes, altitude e até latitude), é composta de cinco camadas, cujas alturas ou espessuras são aproximadamente as que se indica com seus respectivos nomes, a seguir:

1. Troposfera – até 17 km de altura –, onde se formam os fenômenos meteorológicos;
2. estratosfera – de 17 km até 50 km –, onde se situam as camadas de ozônio;
3. mesosfera – de 50 km a 85 km –, que, além da parte gasosa, contém finíssima poeira de meteoritos que se destruíram na camada seguinte;
4. ionosfera ou termosfera – de 85 km a 500 km –, responsável pela destruição dos meteoritos que alcançam a atmosfera da Terra; e, finalmente:
5. exosfera – a partir de 500 km –, na qual a pressão atmosférica é próxima de zero, ou seja, praticamente inexiste. Aqui se formam as auroras boreais e austrais. Daí em diante, além dos 500 km, os gases rarefeitos (praticamente o hidrogênio e traços de hélio) se dispersam e se perdem no espaço interplanetário, interestelar e intergalático. 

Toda essa disposição é devida à lei de ação das massas de Newton, que afirma que “a matéria atrai a matéria na proporção direta das massas dos corpos e na razão inversa do quadrado das distâncias”. Aqui no caso, a gravidade da Terra e a densidade dos elementos que compõem a sua atmosfera são responsáveis por esta distribuição. Isto é o que a ciência nos ensina.

A composição molecular aproximada do ar atmosférico junto à superfície da Terra, ao nível do mar e 0º C, é de aproximadamente: Oxigênio (21%), Nitrogênio (78%), Gás Carbônico (0,03%) e mais seis gases nobres (0,97%) constituídos por Hélio, Argônio, Neônio, Criptônio, Xenônio e Radônio. As composições (misturas de gases) são diferentes para cada camada da atmosfera, e sua densidade decresce à medida que a distância (altura) da Terra aumenta, tornando-se essas camadas gradualmente mais rarefeitas. Do mesmo modo, a pressão, que é de 1 atmosfera na superfície da Terra e ao nível do mar e 0 º Celsius (Condições Normais de Temperatura e Pressão – CNTP). é praticamente nula a partir de 500 km, final da última camada – a ionosfera. 

Observe-se, ainda, que o Hidrogênio, o primeiro elemento da Tabela Periódica dos Elementos, cujo átomo tem massa 1 e cuja molécula tem massa 2, nem sequer aparece na análise dos gases da atmosfera ao nível do mar, por ser ele o mais leve de todos os gases, só estando presente nas altas camadas, assim mesmo, em quantidades reduzidíssimas. É este elemento, o Hidrogênio, acompanhado de traços de Hélio, que preenche todo o espaço interplanetário, interestelar e intergalático. Observe-se que destaquei as palavras molecular e densidade, que vão representar papel importante no item seguinte.

Até 1928, prevalecia entre os cientistas a existência do éter, como matéria sutil que preenchia todo o espaço superior, formando um oceano etéreo de matéria quintessenciada. Essa ideia (teoria da existência do éter) foi abandonada quando do advento da Teoria da Relatividade, de Einstein, depois de muitas e acaloradas discussões científicas entre seus pares.

Einstein mostrou que a sua Teoria da Relatividade Geral não precisava do éter para ser explicada. Também, as ondas hertzianas dispensavam a teoria da existência do éter, já que se propagam no vácuo, diferentemente do que acontece com as ondas sonoras. 

Hoje, a ciência sabe que existe no espaço superior Hidrogênio e Hélio super rarefeitos (com densidade média de 0,01 átomo por cm³), em condições de super-vácuo e em temperaturas próximas a – 273º C, quase zero absoluto. Sabe-se, também, que existe a matéria escura e a energia escura, estas ainda pouco estudadas.

FLUIDO ASTRAL OU MATÉRIA CÓSMICA. É do conhecimento recente dos estudiosos da Cosmologia e da Física Quântica que a massa total da matéria visível que constitui todos os corpos celestes do Universo constitui apenas 4% da totalidade da matéria nele contida. Os outros 96%, que se compõem de 26% de matéria escura (dark matter) e 70% de energia escura (dark energy) encontram-se dispersos entre as galáxias, estrelas, planetas e demais corpos celestes. Tanto a matéria escura como a energia escura não emitem radiação magnética e são detectadas somente através de seus efeitos gravitacionais. O que elas são e que papel desempenham ainda é um grande mistério para a ciência. Quem desejar aprofundar-se deve consultar o link: 

https://public.web.cern.ch/public/en/Science/Recipe-en.html

Como dissemos acima, a densidade é muito importante para calcular a massa de um corpo. Toda a matéria interestelar de que estamos falando acha-se altamente dispersa (extremamente dividida ou altamente rarefeita) no Universo, e sua densidade nunca foi medida. Todos os valores indicados na literatura científica são teóricos, e estes levam a uma faixa de 0,0001 a 1 átomo/centímetro cúbico, tendo valor médio provável de 0,01 átomo/centímetro cúbico equivalente a um supervácuo calculado como sendo da ordem de 2,8 x 10 elevado a menos 15. Nestas condições, a matéria cósmica se comporta como se fosse um fluido cósmico, facilmente trabalhável pela Força Inteligente. É o que os filósofos antigos chamavam e os espíritas/espiritualistas chamam de matéria quintessenciada. Esta matéria não está organizada em estruturas atômicas ou moleculares, mas sim num estado particular (composto de partículas) e se comporta como se fosse um fluido – o fluido astral universal.

(O autor é escritor e militante da Filial Butantã-SP)