AS ATITUDES DA IRA

Quando no início deste tema falamos que a ira oscila entre os dois extremos, entre as causas e os efeitos, traçamos uma linha divisória que nos permite classificar as atitudes da ira em dois grandes grupos, a saber: 1) atitudes que precedem à ira e, 2) atitudes que decorrem da ira. Mas nem sempre é fácil distinguir onde se encontra esta linha divisória. Nós vamos tão somente relacionar algumas dessas atitudes, sem nos estendermos, citando-as apenas para reflexão de nossos leitores:

Assim, no primeiro grupo encontram-se as atitudes que precedem à ira e que orientaram o desenvolvimento que demos no corpo deste texto e mais as seguintes: levantar o tom da voz quando conversando; tentar impor a sua vontade aos outros (válida apenas quando no exercício de uma função de chefia); caluniar, ofender e acusar as pessoas a toda hora e a qualquer pretexto; oprimir e reprimir atos de pessoas sob sua guarda ou com as quais convive; resmungar contra as pessoas à sua volta. Nestes casos, quando a pessoa não consegue superar essas atitudes, mediante plena conscientização de seus defeitos de caráter, ela passa a exercer a sua ira na forma já descrita.

Com relação às atitudes do segundo grupo, isto é, as que decorrem da ira, destacamos as seguintes: sentir constantes dores de cabeça; viver angustiado ou desesperado; melindrar-se quando é rebatido ou acuado em relação às atitudes do primeiro grupo; tendência ao escapismo; sentir remorsos; criar em si um sentimento de vingança; voltar a raiva contra si mesmo quando não consegue atingir seus objetivos; sentir uma violência atenuada ou extrema quando exposto à fúria, sendo até capaz de matar; e, a mais séria de todas as atitudes, buscar no suicídio a fuga de seus problemas existenciais.