7) Eliminar do hábito comum a discussão acalorada.
Nós, que estudamos nossa doutrina, sabemos que as criaturas de temperamento irascível, ou seja, pessoas que vivem tomadas de grande raiva, de ressentimentos, de tremendo ódio para com o seu semelhante, estão mal assistidas pelo astral inferior. Muitas vezes, vêm bater em nossas portas, recorrendo à limpeza psíquica, e pensam que estarão resolvidos os seus problemas. Mas, o seu mal é um só, falta de domínio mental; não estão conseguindo viver inteligentemente e, portanto, as influências que estão captando são negativas.
Carregadas de tais sentimentos as criaturas não se encontram em condições de raciocinar livremente e com acerto. Estarão sempre predispostas a reagir negativamente às boas sugestões que vierem a receber, colocando-se numa posição contrária a tudo, refratárias às boas idéias. E, numa conversa em família ou com seus amigos, ao defenderem os seus pontos de vista errôneos, vão levantando a voz, ou, até mesmo, começam o diálogo de forma ríspida e com voz alta, tentando fazer prevalecer o seu posicionamento, não aceitando as sugestões que lhes são feitas. Enfim, permanecem enclausuradas em suas idéias enfraquecidas e ainda tentam impingi-las a quem sabidamente tem mais conhecimento e discernimento da vida, e que muitas vezes não insiste nas suas sugestões pela resistência ferrenha que encontra em tais criaturas. O interlocutor poderá usar uma técnica, que algumas vezes funciona, que consiste em ir baixando a sua voz à medida que a criatura vai elevando a sua, até chegar a um ponto em que a pessoa começa a baixar, também, a sua. Se isto acontecer, ótimo — o diálogo poderá prosseguir mais tranqüilo; se não, o melhor é nos afastarmos da criatura e irradiar por ela, pois certamente estará carregada de má assistência astral e, por isso mesmo, mostra-se tão irritadiça e ataca primeiro para não expor as suas vulnerabilidades.
Meus amigos, se quisermos manter o equilíbrio mental, se quisermos ser criaturas o mais possível equilibradas, devemos ter alma aberta, estar dispostos a aprender sempre; fazer como nas nossas casas, quando abrimos portas e janelas e o sol entra, pois, embora seja ele uma luz material, transmite-nos, também, automaticamente, uma predisposição para coisas positivas, e, sob a influência de seus raios, nós nos sentimos mais felizes; nós temos uma tendência a viver com alegria, a tal ponto que podemos observar, em dias nublados, outra disposição nas criaturas. Fazer como os bons alunos que exercitam a sua curiosidade e avidez para adquirir o conhecimento nos seus lares, nas escolas, nas bibliotecas, enfim, em todos os lugares onde se encontram. Devemos mostrar-nos sempre predispostos, sem assumir ares de prepotentes, mas agir como pessoas sensatas, simples e humildes e, com isto, teremos condições de aprender o que precisarmos, de ensinar o que pudermos e de conquistar bons amigos. Mais que tudo, isto nos trás uma grande paz interior!