11) Exercer o poder da vontade contra as irritações.

01-12-2010 11:07

 

No item 1 desta palestra abordamos o tema: como usar a vontade para a prática do bem. Cabe-nos agora examinar como usar a vontade contra as irritações. Há diferença? Claro que há! São situações totalmente opostas. Afinal, o que provoca a irritação nas criaturas? A irritação, em tese, é provocada por um nervosismo desenfreado, pela ignorância, pela irreflexão e pela imprudência, quando vemos nossos desejos, impulsos e inclinações contrariados pelos fatos da vida ou pelos nossos semelhantes que pretendem, de uma forma ou de outra, tirar vantagem de nós ou desejam prejudicar-nos. Sentimo-nos, então, impotentes, desiludidos, descrentes da vida. Tudo isso leva-nos a um deplorável estado psíquico, merecendo de nossa parte uma reação imediata com pensamentos firmes e força de vontade determinada para descartarmos estas influências, intensificadas pela atuação do astral inferior.

A criatura precisa conhecer bem os seus limites, para evitar alimentar desejos impossíveis, aspirações inatingíveis. Há criaturas que possuem ambições desmedidas, que nunca estão contentes com o que possuem e por isso mesmo estão sempre se queixando, achando que sempre merecem mais e, assim procedendo, colocam-se em constante estado de irritação. E olha, meus amigos, o mundo está cheio desses tipos, que causam grande parte dos males e do desequilíbrio do planeta. E mais que isso, eles estão divididos em dois grandes blocos: um, o da maioria dos encarnados, que age com enorme desembaraço e astúcia, e outro, igualmente ativo, astucioso e maligno, no astral inferior, composto de desencarnados que procediam da mesma forma como procedem hoje seus parceiros encarnados.

Nós, que somos racionalistas cristãos, que temos esse valioso entendimento, temos que ter força de vontade para não comungar direta e afinadamente com estas correntes de pensamentos, evitando assim dissabores enormes. E, de que maneira exercemos a nossa força de vontade? Devemos exercer a nossa força de vontade de forma a contrariar os desejos subalternos, as inclinações viciosas, as tendências à negligência, ao desleixo, à impontualidade, ao desperdício de valores e, também, ao desperdício do tempo. Devemos examinar com cuidado cada situação com a qual nos defrontamos, para errar menos e acertar mais, pois todos nós sabemos que é mais prudente evitar os erros, do que ter que corrigi-los mais adiante.